27 de janeiro de 2011

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Viagem a Portugal (Parte II)

No dia seguinte acordamos cedo, pegamos o carro e fomos para Évora.
Évora é muito especial, porque é abraçada por uma muralha do século XIV que ainda encontramos as colunas que sobraram do antigo Templo de Diana. Outras civilizações antes e depois dos romanos outras civilizações habitaram este lugar: celtas, árabes, judeus e cristãos.
O centro histórico, patrimônio tombado pela Unesco, continua à moda árabe, com ruas de pedra, sem calçada, estreitíssima, em forma de labirinto e interrompidas por pátios mouriscos.

Catedral em Évora - Imponente construção do século XIII no estilo romântico e gótico. As bandeiras da rota de Vasco da Gama que partiram para o Oriente em 1497 foram benzidas aqui. Incrível!!!





Visitamos a Igreja de São Francisco que é sóbria e robusta, onde foi construída entre 1480 e 1510 e é um dos destaques da arquitetura gótico-manuelina no país.



Em anexo a Igreja de São Francisco fica uma tração muito curiosa que é a Capela dos Ossos. As paredes, colunas e altar foram feitos com os restos mortais de 5 mil monges.
Aparentemente você acha que vai ser uma lugar assustador, mas quando você entra, começa a ver, sentir aquela energia, ao invés de assustador torna-se um ambiente em paz e calmo. Na verdade é algo para se refletir, principalmente com a frase que tem na entrada: Nós ossos que aqui estamos, pelo vossos esperamos.





Vimos também o Templo de Diana ou Templo Romano. É neste lugar que Évora mais se aparece com a Capital Italiana. Desse edifício do século I, em estilo coríntio, restam as colunas ao ar livre.






Antes do almoço andamos pelas ruas de Évora que foi um passeio muito prazeroso.





Agora foi a pausa para o almoço. Comer bacalhau, eba!!! Fomos em um restaurante divinooo que chama-se Fialho.
O ambiente é aconchegante, bem estilo português, com uma ótima comida, um bom vinho, belo queijo de ovelha e muito mais...
Este restaurante já faz sucesso há 6 décadas, acredite!!!







Saindo deste almoço encantador e fomos andar pela Praça de Giraldo, onde é o coração da cidade, rodeado de arcadas seculares, edifícios góticos, uma fonte henriquina e um templo renascentista. Por perto tem lojinhas, cafés, restaurantes, bares e muito mais.






Saímos de Évora e fomos para Setúbal.
A cidade é muito pequena, andamos pelo centro, praça principal, vimos a igreja de São Lourenço para depois visitarmos as vinícolas.






Vale a pena visitar pelo menos uma vinícola. Nós escolhemos uma para visitar por curiosidade, porque já conhecemos muito bem todo o processo de uma vinícola, pois já visitamos as vinícolas no Sul do Brasil.
Claro, que no final rolou aquela degustação show e fizemos comprinhas, rs.



Saímos da vinícola e corremos para o Santuário do Cabo Espichel porque ver o Pôr do Sol neste lugar realmente é inesquecível. Você vê o Sol se pondo no infinito do mar e dá uma paz muito boa no coração.









No dia seguinte fomos para Estoril, Cascais e Mafra.
O caminho entre Lisboa e Cascais ganhou o apelido de "A Linha. Basta seguir o curso do Tejo e, quando ele termina, o do oceano. Essa estrada costeira é um grande passeio que passa por um cenário de sonho com antigas fortificações, praias com falésias, palacetes e chalés em estilo romântico e pelo grandioso Casino Estoril para finalmente chegar à nobre e bela Cascais.

Acordamos bem cedo e pé na estrada... Passamos na para ver a Boca do Inferno que com o tempo as ondas cavaram buracos nas falésias. Um deles ganhou este nome e virou atração turística e Forte de S. Jorge de Oitavos que fica na orla entre Lisboa e Cascais é repleta de fortificação. Elas foram construídas para proteger as caravelas que chegavam das ex-colônias carregadas de tesouros e também o território dos ataques estrangeiros. Ficamos impressionados como estava bem conservado principalmente porque a entrada é gratuita.

Cada paisagem de tirar o fôlego!









Visitamos o Cabo da Roca que é o extremo da Europa, o seu ponto mais ocidental "Onde a terra se acaba e o mar começa", como definiu o poeta Luís de Camões. Fica na região de Sintra, mas longe do centro histórico. É muito linda s vista do penhasco de 140 metros, debruçado sobre o mar e coberto de vegetação rasteira, a imensidão do oceano deixa qualquer um enfeitiçado.





Comemos a castanha portuguesa assada que é uma delícia!!! Esse Sr. foi tão simpático que nos conquistou.



Saindo daí fomos para Mafra visitar o Palácio Nacional de Mafra que na verdade é um complexo que reúne convento, basílica e palácio. Foi uma das residências da família real no século XIX. O que mais impressiona é o tamanho de 40 mil metros quadrados e uma fachada que se estende por 220 metros.
Fi erguido no século XVIII, uma época de muita riqueza graças ao ouro e às pedras preciosas das ex-colônias, em puro estilo barroco.








Esta biblioteca é impressionate, porque é muito grande. Eu nunca tinha visto nada igual!



Depois fomos a Ericeira ver um Pôr do Sol lindo na praia!



A noite fomos conhecer o Casino Estoril que é o maior cassino da Europa e um marco da costa de Estoril. O lugar tem quatro restaurantes, entre eles o Mandarim, o melhor em cozinha oriental das redondezas, puro capricho do proprietário do cassino, um milionário chinês Stanley Ho. Tem também bares, discotecas e uma prestigiada sala de espetáculo.
Quando fomos lá o Diogo Nogueira iria se apresentar no dia seguinte e outros cantores brasileiros estavam também anunciando seu show.
O lugar é impressionante, muita ostentação, muita gente bonita, mas não pode tirar nenhuma foto lá dentro :o(((.
Depois que saímos de lá fomos jantar um bom bacalhau, frutos do mar e um belo vinho.
Esta noite foi ótima e dei muitaaaa risada, rsrsrs!!!







No dia seguinte acordamos cedo e fomos visitar o Palácio Nacional de Queluz que não fica em Sintra, mas em Queluz.
Tem um valor extra para os brasileiros porque abrigou a família real antes da fuga histórica para o Brasil em 1807. Neste Palácio fica os aposentos  de Carlota Joaquina e o quarto onde nasceu e morreu D. Pedro I (D. Pedro IV em Portugal).









Saímos desta visita e corremos para o Palácio Nacional da Pena que é um dos mais extravagantes do país, talvez do continente erguido no topo da Serra de Sintra, a 500 metros de atitude, apresenta uma miscelânea de estilos que, curiosamente, terminam por apresentar um belo resultado.
Os últimos reis portugueses, principalmente D. Carlos I e a esposa D. Amélia, aproveitaram bastante essa residência real. Sua construção foi um capricho de D. Fernando II que em meados do século XIX, transformou um antigo mosteiro no colorido e rebuscado palácio.
Realmente impressiona, porque está muito perfeito, com mobílias, objetos pessoais, a cozinha equipada, etc.
Pode perder um bom tempo vendo, lendo, admirando a bela construção e voltando ao passado facilmente. O ruim é que não pode tirar foto dentro do palácio só do lado de fora.






Saindo deste lugar lindo, fomos para o Castelo dos Mouros que é uma antiga fortificação construída no tempo da ocupação árabe, entre os séculos IX e X. O sobe-e-desce nas muralhas exigem sapatos confortáveis e fôlego, mas compensa e muito.
Do alto você consegue perceber o porque os mulçumanos fizeram aqui um posto de vigilância: a vista alcança toda a linha litorânea de Lisboa. No século XIX, o castelo era um dos lugares preferidos do rei D. Fernando II para pintar seus quadros.







Perto dali tem também a Quinta da Regaleira que é um lugar místico que surgiu dos hábitos excêntricos do carioca Antonio Augusto Carvalho Monteiro, um milionário com ascendência portuguesa. No início do século XX, ele contratou um dos arquitetos mais badalados da época, o italiano Luigi Manini, para esculpir um palacete grandioso em estilo neomanuelino e renascentista. Só que as obras de estimação mesmo eram os jardins gigantescos e tem também um grandioso mundo subterrâneo composto de túneis, grutas e poços.
Nós achamos que estivesse mais conservado este lugar, mas lá dentro não tem muita coisa para ver, muitos acessos estão fechados, os jardins não muito cuidado e o túnel muito escuro sem condições seguras para entrar.









Depois fomos andar por Sintra, se perder nas ruas estreitas, comer na Pastelaria Piriquita que abriu as portas em 1850, o melhor travesseiro que é um doce de massa folhada, ovos e amêndoas, doce típico de Sintra e comer também o queijo de azeitão (maravilhosoooo).
Era um final de semana e a cidade estava bem cheia de pessoas que moram na região, pois as pessoas vão a Sintra para comprar artesanato, comer comidas maravilhosas e aproveitar da vista linda que tem este lugar.





Andamos e andamos mais e a noite fomos jantar muito felizes com um bom vinho novamente, rs.

No dia seguinte fomos para Óbidos que é um aglomerado de casinhas brancas abaraçadas por uma muralha no topo de uma colina. Óbidos era a vila que tradicionalmente que os reis davam para as rainhas como presente de casamento, por isso, também pode-se chamá-la Vila das Rainhas. Chique né?
Dentro das muralhas, esconde-se um cenário congelado no tempo: duas ruas principais e várias transversais, empedradas, apertadinhas, e tortuosas; uma dezena de templos, casas caiadas com contornos coloridos e flores na fachada; lojinhas de artesanato e para completar um castelo acima e avante.
Carro não entra, ficam estacionados no pátio em frente a entrada da cidade e o melhor daqui é caminhar, entrar xeretar todas as lojinhas e escalar as muralhas. Foi um passeio inesquecível.















Saímos deste lugar lindo e seguimos para Batalha. Fomos visitar o Mosteiro de Santa Maria da Vitória o qual existe graças a luta vitoriosa dos portugueses contra os castelhanos no século XIV. Levou quase dois séculos para ser construído entre 1388 e 1580 e conjuga diversos estilos: gótico, gótico flamejante e manuelito. No fundo do edifício tem as capelas imperfeitas que foram depositadas peças com defeitos que também faz parte das Sete Maravilhas de Portugal.











Saindo deste lugar lindo, seguimos para Alcobaça visitar o Mosteiro de Santa Clara, construído entre 1178 e 1254 em agradecimento a expulsão dos árabes de Santarém por D. Afonso Henrique. Abriga a maior igreja do país e faz parte da lista das Sete Maravilhas de Portugal. Na nave central encontra-se os túmulos de Pedro e Inês de Castro.












Indo para Tomar vimos algumas oliveiras lindas...
Em Tomar tem o Convento de Cristo erguido em 1160 pelos cavaleiros da Ordem dos Templários, à qual pertenceu  Pedro Alvares Cabral. Seus séculos de vida combinaram diversos estilos arquitetônicos do romântico ao barroco.






Para ser bem sincera, quando planejamos a viagem foi decidido que não iríamos visitar Fátima e o Santuário. Acontece que saindo de Tomar ainda o dia estava claro e decidimos seguir até Fátima.
Quando chegamos lá ficamos totalmente maravilhados com o Santuário e com a energia boa que aquele lugar transmite.
Assistimos um finalzinho de missa na capelinha onde apareceu a imagem. Depois visitamos a Basílica, andamos por toda parte, lemos sobre a história, compramos velas, rezamos, acendemos junto com tantas outras que estavam por lá. Depois fomos até as lojinhas do lado de fora e compramos imagens.
Após comprar as imagens para nós e para presente voltamos a igreja para benzer as imagens. Na verdade não conseguíamos sair de lá... Já estávamos morrendo de fome, cansados, mas ganhávamos forças para cada lugar que olhávamos, para a lua cheia e linda que naquela noite nos presenteava.
Mesmo para quem não é muito religioso, vale muito a pena ir, ver as estruturas organizadas, sentir a energia boa e pensar um pouco na vida!

Em 1917, que a virgem apareceu para Lúcia, Jacinta e Francisco, os três pastorinhos. E continuou a aparecer por cinco meses seguintes. Os três estão enterrados dentro da Basílica.











Continuarei os relatos em outro post, ok?
Bjs :o)

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